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Espaço [Entre] Mundos e Estúdio Kairós Flamenco convidam:

TUBO DE ENSAIO III – QUEBRANDO O CHÃO: OS PÉS E O SAPATEADO FLAMENCO

08 JUNHO 2019

Sábado, das 15 às 19h

Espaço [Entre] Mundos – Rua Fortaleza 190 – Bixiga (São Paulo)

Contato: estudiokairosflamenco@gmail.com

INSCREVA-SE AQUI

 

Carga horária: 4h

Público-alvo: estudantes e profissionais de dança flamenca e de outras modalidades de dança; escritores, artistas visuais, artesãos e interessados em geral

Pré-requisitos: sem pré-requisitos

Organização: Estúdio Kairós Flamenco e Espaço [Entre] Mundos

Vagas limitadas! Máximo de 10 participantes por oficina.

*Evento sujeito a número mínimo de participantes

Inscrições com desconto até 23 maio: R$ 135

A partir de 24 maio: R$ 150

Valor especial para quem já participou dos Tubos de Ensaio I ou II: R$ 125 (até 23 maio) e R$ 135 (a partir de 24 maio) 

Encerramento das inscrições: 04 junho

* Sobre a oficina *

‘Quebrando o chão: os pés e o sapateado flamenco’ é a terceira oficina do projeto 'Tubo de Ensaio', uma série de experimentos temáticos voltados à dança, com foco na dança Flamenca. De abordagem transversal¹, é aberto a artistas de diferentes vertentes e pessoas com as mais diversas trajetórias, não sendo necessária experiência em dança.

Com caráter teórico-prático, a terceira edição do projeto busca explorar a relação dos pés e do sapateado flamenco com o chão. A ideia surgiu a partir da leitura do artigo “Tornando-se o chão/quebrando o chão: experimentando a conexão Kathak-Flamenco”, de Miriam Phillips ², e pelos dilemas enfrentados como bailarina e professora de flamenco para compreender essa relação em meu corpo e ensiná-la. A dança flamenca lida cotidianamente com os problemas inerentes a uma dança que quebra o chão: a dificuldade de encontrar salas adequadas, as reclamações de excesso de barulho e vibrações nas estruturas dos edifícios, a necessidade de sapatos especiais que se desgastam com pouco tempo de uso, a atenção aos riscos (e aos benefícios) que a prática de degradar lentamente o chão produz em nossos corpos.

Esses sons subterrâneos que produzimos, que devem penetrar o solo, afetá-lo, modifica-lo, e não somente usá-lo como suporte para algum tipo de elevação, revelam a natureza terrena do flamenco, uma catarse das mais fortes emoções humanas. Como suporte para os excessos que nos atravessam, o chão sempre pareceu uma base confiável, uma plataforma estável. Daí a intenção de fazermos experimentos em torno dessa confiabilidade, dos desgastes que infligimos ao chão e dos limites internos que enfrentamos para conseguir efetivamente nos apoiar, confiar que algo além de nós mesmos seja capaz de dar conta dos nossos excessos, aceitando os danos inevitáveis desse extravasamento.

A oficina atua por meio das leituras indicadas, das trocas entre os participantes, da criação de novas narrativas e da expansão do repertório teórico, corporal, expressivo e técnico, de cada um, independentemente de suas experiências prévias, evitando a lógica da explicação e da subordinação de uma inteligência a outra.

 

 No sentido dos “elementos inconscientes que trabalham secretamente especialidades por vezes muito heterogêneas”. Féliz Guattari e Sueli Rolnik. Cartografias do desejo. Rio de Janeiro: Vozes, 2005.

² Miriam Phillips. Becoming the floor / breaking the floor: experiencing the Kathak-Flamenco connection. The Society for Ethnomusicology, vol. 57, n.3 (Fall 2013), pp. 396-427.

* Programa *

  • Sobre o excesso (prática de produção textual)

  • Seguiriya e as solas dos pés: ‘toda dança nasce da lama’ (prática de manipulação de argila)

  • Quebrando o chão (prática de sapateado em azulejo e registro fotográfico)

  • Cuidados com os pés (prática)

  • Comer juntos! (confraternização - acepipes incluídos – apoio Tabieh)

INSCREVA-SE AQUI

 

* Sobre a professora *

Maissa Bakri é professora, bailarina e coreógrafa de dança flamenca. Tem graduação em Ciências Biológicas e mestrado em antropologia nutricional pelo Departamento de Genética e Biologia Evolutiva da USP, com ênfase nas relações entre ecologia, cultura, alimentação e saúde. Faz constantes imersões pela escrita e a psicanálise, buscando descidas transversais, muitas vezes incômodas, mas sempre recompensadoras.

Paulistana, desde cedo mantém relação com a dança e a expressão corporal. Aos 7 anos, iniciou-se na ginástica rítmica e no jazz. Explorou, em diferentes momentos de sua trajetória, as danças de salão, a yoga, a dança do ventre, o teatro e o butô. Descobriu o flamenco em 2006 e, desde então, vem se aperfeiçoando com renomados profissionais, no Brasil e na Espanha, como Vera Alejandra e Andrea Guelpa, além de destacados bailaores e coreógrafos espanhóis, entre eles: Manuel Liñán, Juana Amaya, Jesús Carmona, Juan Paredes, Rafaela Carrasco, Concha Jareño, Joaquin Ruiz, Marco Flores, Carmen La Talegona, Domingo Ortega, Inmaculada Ortega e Yolanda Heredia.

Atua como professora em São Paulo: na Cuadra Flamenca, em Pinheiros, e no Estúdio Kairós Flamenco, no Bixiga. Ministra cursos regulares e intensivos e desenvolve oficinas e cursos em outras instituições e eventos. 

Integra a Cia. Cuadra Flamenca de dança, dirigida por Vera Alejandra, com presença na cena cultural paulista, em eventos como: Circuito Cultural Paulista, Virada Cultural Paulista, Festival Satyrianas, Instituto Cervantes, Restaurante Paellas Pepe, Livraria da Vila, entre outros.

* Trechos selecionados das referências bibliográficas indicadas a seguir serão enviadas para os inscritos. A leitura (cerca de 10 páginas) deve ser feita previamente à oficina, pois as dinâmicas são organizadas em torno desse conteúdo.*

Adam Phillips. On Balance. London: Penguin, 2011.

Alan Badiou. A dança como metáfora do pensamento. In: Pequeno Manual de Inestética. São Paulo: Estação Liberdade, 2002.

Corinne Frayssinet Savy. O paradoxo da performance flamenca – uma experiência sensível de interioridade trazida ao palco. Cahiers d’ethnomusicologie 21, 2008.

Dani Lima. Gestos: práticas e discursos. Rio de Janeiro: Cobogó, 2013.

Gwynne Edwards. Flamenco!. London: Thames & Hudson, 2000.

Jacques Ranciére. O mestre ignorante – Cinco lições sobre a emancipação intelectual. Belo Horizonte: Autêntica, 2005.

Miriam Phillips. Becoming the floor / breaking the floor: experiencing the Kathak-Flamenco connection. The Society for Ethnomusicology, vol. 57, n.3 (Fall 2013), pp. 396-427.

Tatsumi Hijikata. Kaze Daruma. Proferido no dia 9 de fevereiro de 1985 por ocasião do primeiro festival de Butoh no Japão.

INSCREVA-SE AQUI

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